INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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28.9.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA EM RÁDIOS LOCAIS
12/18_SETEMBRO_2011
Emissão nº376




Neste programa:
Esta é já a geração 3D
Televisores 3D.
Transformar câmara de vídeo em 3D
Primeiro Portátil 3D - Toshiba


De repente, tudo passou a ser ou pelo menos a querer ser 3D. Ainda foi outro dia – o tempo passa depressa – que o filme Avatar a 3 dimensões causou sensação, exitos de bilheteira em todo o mundo, uma enchente devastadora onde quer que aparecesse. Foi tema debatido nos mais variados espaços. Mas o certo é que nem toda a gente ficou entusiasmada. Houve até quem dissesse – sobretudo devido à incomodidade de ter de usar aqueles óculos especiais – que não tinha gostado da experiência. Por acaso ainda há dias, naquele programa de televisão que passa na SIC com um jornalista que entrevista nos Estados Unidos muitos realizadores de cinema, um destes que não me recordo o nome dizia que nunca iria realizar em 3D e que preferia o cinema a 2 dimensões. Mas não há dúvidas. Decididamente estamos a entrar numa nova revolução 3D, melhor numa geração 3D. Tudo o que é imagem digital está a passar para 3D. Câmaras que facilitam a captura com enorme precisão, visualização nos dispositivos que habitualmente utilizamos, como os monitores ou televisores que não necessitam de óculos mas entre a oferta que os produtores estão a apresentar nos vários sectores e a procura, existe uma grande diferença pois toda essa aparelhagem que põem à disposição do público é ainda bastante cara. Os analistas dizem que com o tempo, até porque no sector da publicidade em grandes ecrãs vai ser bastante atractiva, à medida que as pequenas câmaras pessoais foram aparecendo com essa capacidade, far-se-á a explosão dos dispositivos de visualização e logicamente a baixa dos preços. No entanto, mesmo quando se fala na nova forma de visualizar 3D sem o incómodo dos tais óculos especiais, é preciso notar que as imagens que estão a ser projectadas obrigam os nossos olhos a uma forma que não é natural para a nossa visão e existem pessoas para as quais isso se torna igualmente desagradável e outras que não o conseguem mesmo ver a definição 3D que se pretende. Não sei se alguns dos ouvintes se recordam que há cerca de uns 10 anos apareceram de repente os posters e até livros com os então célebres estereogramas, imagens que à “primeira vista” nada eram senão um série de desenhos repetidos sucessivamente e que depois se as fixássemos de determinada maneira, com um pequeno esforço de focagem, apareciam como se estivéssemos a ver a 3D. No entanto algumas pessoas não conseguiam fornecer aos olhos essa capacidade de focagem, normalmente para um ponto além do suporte, e mesmo para os que conseguiam uma distracção momentânea fazia desaparecer a imagem. Note-se, como sabem, que a terceira dimensão não existe. É apenas uma ilusão criada no cérebro. Trata-se da projecção de duas imagens iguais em pontos ligeiramente diferentes. Chamava-se e chama-se estereoscopia. O cérebro funde as tais duas imagens numa só e obtem informações de profundidade, dimensões, posição, etc. criando a ilusão de que estamos a vê-las em 3D. Na captação trata-se de obter as imagens, no processo mais simples, através de duas lentes colocadas a cerca de 6 centímetros uma da outra, distância média entre os nossos dois olhos. Não sendo exactamente a mesma coisa do que acontecia com os tais estereogramas, julga-se que para algumas pessoas se tornará difícil. Isto não quer dizer, é claro, que a tecnologia 3D não seja o futuro. E então aliada a outras capacidades quanto à possibilidade de interagirmos com a televisão do futuro, busca de conteúdos ou melhor ainda a sua aplicação em áreas como a educação e a saúde, esta nomeadamente nos blocos operatórios, as vantagens serão muito positivas. Por exemplo, a conversão de 2D para 3D acrescenta uma terceira dimensão em tempo real às imagens 2D e os cirurgiões podem recorrer às potencialidades desta conversão de forma a melhorarem a utilização das sondas e a minimizarem os potenciais impactes das cirurgias invasiva. A geração 3D veio para ficar.
SEPARADOR:
E ao reservarmos este espaço para falar sobre algumas novidades que apareceram ultimamente, prosseguimos com o tema da tecnologia 3D. A LG foi a primeira a aparecer no mercado com os seus televisores Full HD 3D que embora aguardando conteúdos em canais televisivos que tirem partido dessa tecnologia fornecem a possibilidade de transformar o 2D em 3D com relativo conforto para o auditório, utilizar os filmes que já existem em Blue-ray e video-jogos 3D que já estão no mercado e, enfim estar preparado para o que se anuncia nesse novo mercado. Samsung e Sony também se estrearam mas parece que não conseguem qualidade superior ou mesmo igual aos televisores LG. Mas o vídeo a 3 dimensões já pode ser obtido com facilidade utilizando câmaras de vídeo normais. É o caso por exemplo de uma câmara Panasonic. A TM900, uma das câmaras para amadores exigentes tem agora a possibilidade de lhe ser aplicada na objectiva uma nova lente que, depois de feita a necessária configuração, permite gravar os seus vídeos a 3 dimensões. Claro que a TM900 não é uma câmara para todas as bolsas mas este exemplo serve para demonstrar como as coisas se estão a processar neste domínio. Quem possuir a câmara é só adquirir a lente por cerca de 300 Euros e fica apto a gravar os seus vídeos familiares ou não em 3D. E o processo, até certo ponto inovador mas que é sempre de esperar neste tipo de tecnologias destinadas a não desperdiçar de imediato os dispositivos que já possuirmos, dá-nos uma certa esperança de podermos alcançar, quem naturalmente ansiar por isso, a entrada num mundo tridimensional. Mas também nos portáteis há novidades. E é claro, mais uma vez a Toshiba se antecipa. Já está no mercado europeu o primeiro computador portátil 3D, que não obriga ao uso de óculos. O Qosmio F750 3D da Toshiba apresenta duas características pioneiras: é o primeiro portátil 3D que dispensa óculos e que permite a visualização simultânea, no ecrã, de conteúdos em 2D e 3D a estar comercialmente disponível a nível mundial. O utilizador tem desta forma acesso a uma experiência 3D totalmente nova podendo, por exemplo, reproduzir conteúdos 3D numa janela e simultaneamente navegar na Internet numa segunda janela, em busca de qualquer tipo de informação. O Qosmio F750 3D oferece conversão de DVD 2D de alta qualidade para 3D, em tempo real, uma característica que abre fascinantes oportunidades para alguns profissionais, como arquitectos, cientistas, designers de produto e médicos. A Toshiba usa lentes activas que separam as duas imagens de paralaxe e que as guiam para o olho direito e para o olho esquerdo. Para permitir que o utilizador possa variar a sua posição quando está à frente do ecrã do portátil, o Qosmio F750 3D traz consigo uma câmara Web HD com tecnologia Face Tracking, que detecta continuamente a posição da face do utilizador. Isto permite uma área de visualização 3D bastante maior e sem ângulos mortos. O Qosmio F750 pode ser facilmente conectado a qualquer TV com 3D através e um simples cabo HDMI.