INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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29.2.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
20/26 FEVEREIRO_2012
Emissão nº 399


Neste Programa:
Inteligência Artificial ou IA – II
Novos dispositivos Power Line


Se bem se recordam, no programa anterior, prometemos continuar e até certo ponto concluir por agora, o significado da Inteligência Artificial. Se nos acompanharam, já sabem o essencial. Quem não tenha acompanhado poderá consultar esse texto no nosso site IPTNANET.BLOGSPOT.COM. Já lá deve estar. Continuemos portanto. Não é por acaso que, mesmo entre nós, existe um departamento específico criado no INESC para estudar as suas diversas aplicações. E se se estudam as aplicações é porque ela, a Inteligência Artificial existe. A controvérsia gira, como se sabe, acerca da sua definição, desde que o termo foi adoptado em 1969 com a realização da Primeira Conferência Internacional sobre Inteligência Artificial, em Washington, e que, desde então se realiza de dois em dois anos, reunindo centenas de especialistas na matéria. Como qualquer ciência jovem, a Inteligência Artificial ou AI, ainda não possui o seu domínio completamente definido. E muitos cientistas aproveitam mesmo para criar lacónicas definições que aproveitam, naturalmente, para explorar no bom sentido. A frase "A Inteligência Artificial é uma prótese para a estupidez natural" é apenas uma das quatro definições da autoria de Yuri Kodratoff, especialista russo em tais domínios e que pretendeu com elas sintetizar o espírito dos principais movimentos defendidos pelos seus colegas na matéria, em diversas partes do globo.
Assim, a Inteligência Artificial pode também ser "uma tentativa de colocar a cabeça do homem dentro de uma máquina". Pode igualmente ser " uma simulação do funcionamento da máquina à semelhança da cabeça do homem". E finalmente, a A.I. representa "a conversão dos dados analógicos fornecidos pela vista, pelo ouvido e pelo tacto (mas não pelo olfacto nem pelo gosto) em dados lógicos". O campo da Inteligência Artificial tenta cobrir sobretudo os domínios para os quais se ignoram os mecanismos intelectuais empregues no exercício de uma certa actividade. Existem assim duas categorias de estudos desenvolvidos com o auxílio da AI. Uma diz respeito à própria simulação da Inteligência. A outra tende a alargar a utilização do computador em domínios onde o seu comportamento se afasta do que se observa como puramente determinístico, em benefício daqueles em que se dá a ilusão de cometer actos reflectidos e inteligentes e mesmo actos marcados por atitudes intuitivas. Os problemas tratados pela inteligência artificial até agora têm sido principalmente as aplicações linguísticas. Outro campo é o da percepção, nas suas fases de análise, classificação e reconhecimento de estruturas. Finalmente, a resolução de problemas, com os métodos de exploração exaustiva das possibilidades, a manipulação de expressões algébricas e de símbolos e a demonstração de teoremas. Torna-se evidente que a Inteligência Artificial, tenta substituir o homem naquelas capacidades de que não podemos ainda usufruir fisiologicamente com a mesma eficácia e rapidez dos computadores e daí a graça da definição de Yuri Kodratoff ao defini-la como “uma prótese para a estupidez natural”. A informática também pode ser vista com humor. Voltaremos ao tema.
SEPARADOR:
Vejamos agora algo de novo. Os tempos estão difíceis mas as novas tecnologias não param. Já aqui falámos várias vezes dos dispositivos PowerLine. Recordamos que são pequenos módulos que se ligam às nossas tomadas de energia nas paredes das diversas salas ou divisões e que utilizam a energia eléctrica para se conseguir a nossa rede doméstica de computadores. Pois a D-Link de que aqui falámos num programa anterior, apresenta agora os adaptadores PLC PowerLine mais pequenos do mundo. E diga-se que eles desde que apareceram já podiam ser de facto considerados bastante pequenos mas estes são ainda mais. Com eles consegue-se portanto levar a Internet a todos os cantos de uma casa. Segundo estudos efectuados – e apesar da crise ou talvez por ela – acredita-se que Em 2015 haverá mais de 290 milhões de lares com acesso à Internet em todo o mundo, e perto de dois terços destes 290 milhões de lares utilizarão aplicações que irão para além da simples transmissão de dados. Espera-se, portanto, que os utilizadores procurem ter, mais que nunca, uma ligação à Internet fiável em toda a sua casa. Isto pode ser um desafio para a cobertura do nosso router Wi-Fi devido a obstáculos tão comuns como paredes, espaços compartimentados, diferentes andares ou interferências com outros dispositivos. A tecnologia PowerLine serve naturalmente para resolver esse problema, utilizando a rede eléctrica para levar conexão às zonas onde o sinal Wi-Fi não é tão bom, como seja por exemplo um sótão ou os pisos superiores. Basta ligar um adaptador ao router e depois a uma tomada. O dispositivo utiliza a rede eléctrica existente para proporcionar uma ligação forte e estável a dispositivos que estão afastados do router. O seu design já recebeu o prestigiado prémio “Reddot Design Award 2011” e são os mais pequenos e finos do mercado, ideais para não bloquear outras tomadas disponíveis. Como nos restantes da concorrência são fornecidos em dois tipos de Kit. O Mini Starter Kit PowerLine AV a pensar nos utilizadores que se preparem para usar uma ligação PowerLine pela primeira vez e os adaptadores individuais (DHP-310AV) estão indicados para os que queiram ampliar a sua rede PowerLine. Ambos são ideais para quem queira navegar, comprar, enviar emails ou descarregar música sem ter que pensar que divisão tem uma ligação mais fiável para o seu computador, tablet ou smartphone. Os adaptadores proporcionam transferências de dados de 200 Mbps, o que os torna adequados para aplicações que requeiram grande largura de banda, como chamadas de voz sobre IP, streaming de filmes ou música e jogos on-line. Como já é sabido, os adaptadores PowerLine são completamente seguros. Pode-se configurar uma chave de encriptação pressionando apenas um botão, para proteger a rede de qualquer acesso não autorizado. Os adaptadores fazem parte do programa D-Link Green, para proporcionar alternativas ecológicas sem comprometer o rendimento. A função de poupança de energia coloca o adaptador em modo “sleep” de forma automática se não for detectada transmissão de dados durante um tempo, o que reduz o consumo de energia. Importante e interessante parece ser a questão dos preços pois são os mais baratos que encontramos no mercado. 79,99 Euros para o kit que inclui os dois mini-adaptadores e por 44,99 euros para o adaptador individual, ambos preços com IVA incluído.

21.2.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
13/19 FEVEREIRO_2012
Emissão 398


Neste Programa:
A Inteligência Artificial ou IA
Internet Segura


No programa anterior, abordámos algumas questões sobre a chamada Inteligência Artificial a propósito da conhecida dificuldade que os alunos sentem ou melhor, dizem que sentem, na disciplina de Matemática. Não é um mito mas é algo que é necessário desmistificar. Portanto citámos nomes de alguns matemáticos ilustres, muitos deles tendo contribuído para a descoberta e o desenvolvimento dos computadores dos quais os jovens de hoje não prescindem. Mas da Matemática falámos e prometemos voltar ao tema da Inteligência Artificial ou IA. Aqui estamos portanto. É um tema que abordámos varias vezes mas nem sempre o público é o mesmo e vale a pena voltar porque de facto a Inteligência Artificial é um dos temas mais interessantes em informática. Pode datar-se o seu nascimento, se a expressão nos é permitida, em Setembro de 1947, com um célebre artigo de Alan Turing em que ele refutava os argumentos dos que recusavam a uma máquina a faculdade de pensar. O princípio fundamental da sua argumentação era de que um julgamento de valor sobre um trabalho deve referir-se exclusivamente aos efeitos desse trabalho. Se um sistema demonstra um teorema, a questão não está em saber se o sistema é biológico ou electrónico, mas sim em saber se o teorema era trivial ou de difícil demonstração. No entanto o aparecimento oficial da expressão "Inteligência Artificial" data de 1969 com a realização da Primeira Conferência Internacional sobre Inteligência Artificial, em Washington, e que, desde então se realiza de dois em dois anos, reunindo centenas de especialistas na matéria. O primeiro grande sucesso da AI foi obtido em 1959 no domínio dos jogos, com um sistema desenvolvido por um grande jogador de damas norte-americano, chamado Anthony Samuel. Esse sistema, dizia-se então, era capaz de aprender a jogar melhor. Dava portanto grandes esperanças quanto à eficácia da aprendizagem. Constatou-se depois que o problema da aprendizagem era bastante mais complexo do que inicialmente tinha parecido. Tal facto é afinal característico da história da Inteligência Artificial, tendo levado às reacções mais decepcionantes de certos cientistas. Muitos afirmam, com efeito, que falar em Inteligência Artificial constitui um abuso de linguagem, visto que um autómato se baseia num modelo que reage apenas segundo estratégias pre-estabelecidas. Qualquer falha ou situação não prevista não poderá ser interpretada e resolvida, salvo se o autómato for capaz de aprender. Ora, como é sabido hoje em dia, a pouco e pouco, o homem tem-se esforçado na construção de máquinas capazes de aplicar o seu automatismo não apenas a acções mecânicas, mas também às próprias informações. Assim, chegou-se à era dos sistemas que aceitam responder a condições diversas e evolutivas em função de instruções, elas próprias adaptativas. Actualmente, pretende-se que os computadores se transformem em sistemas com a capacidade de se auto-organizarem para que estejam mais aptos a receber uma educação adequada. De qualquer forma, e visto que não foi conseguido até agora evidenciar uma ligação precisa entre a actividade intelectual e um suporte físico, é de considerar, pelo menos até ao momento, que os mecanismos de raciocínio de um mais que perfeito autómato ou robot não poderão ser comparados aos do homem. Este tema prossegue para a semana
SEPARADOR:
Tal como tínhamos aqui anunciado, decorreu com grande número de eventos e forte adesão dos mais variados organismos o Dia Europeu da Internet Segura no passado dia 7 de Fevereiro realizando-se durante essa semana muitas acções de sensibilização, dando conselhos sobre a forma de aceder com segurança aos nossos sites preferidos na WEB. Não foi portanto estranho que até as entidades bancárias se juntassem a essa vaga de conselhos dados aos internautas. Citemos por acaso um que chegou ao nosso conhecimento directo. O Milllenium BCP não só se preocupava com as compras on-line mas também e sobretudo com as camadas jovens, dizendo que o contacto dos mais novos com a Internet começa cada vez mais cedo, o que reforça a importância de os acompanhar e orientar no sentido de ajudar a identificar os perigos que podem fazer parte de uma navegação inocente pelo mundo virtual. E aconselhava a criar regras de utilização da Internet em casa. Quando as crianças começam a utilizar a Internet, é importante que existam regras claramente definidas. Não devem existir dúvidas quanto ao que podem e não devem fazer. Estas regras deverão incluir quando e como deverão utilizar as redes sociais. Mas também que se obtenha o máximo de conhecimento acerca do site. Antes do seu filho começar a utilizar ou registar-se num determinado site, seja utilizador desse site. Leia a política de privacidade e a prática de conduta e confirme se o mesmo tem processos que analisem os conteúdos lá colocados. Depois, acompanhe periodicamente. Todo o resto pode ser consultado no site do Banco. E convidamos todos a que o façam. Outras empresas mais ligadas a software de segurança também estiveram activas. E mesmo as de carácter mais empresarial, como a ESET dedicaram a sua atenção ao caso dos jogos. Salientava a propósito que se devem evitar passwords iguais em várias contas e optar por palavras-chave mais complexas ou passphrases. Importante também como sabemos é que se escreva o URL do jogo on-line no browser ou se use o sistema de Favoritos/Bookmarks, desse modo evitando clicar de forma acidental num link “envenenado” que se encontre num motor de busca. E claro que por exemplo se proteja os dados em pastas no computador ou na nuvem com uma password forte, mesmo que não seja um requisito essencial para jogar on-line. Importante também é que nunca se use software pirateado, pois pode ser malicioso e por em risco o computador e os dados. E curiosamente acerca de compras on-line a Eset afirmava nas acções desenvolvidas que se deve optimizar o computador antes de fazer as compras, claro. Assim como se trata do carro antes de fazer uma longa viagem, o computador necessita de alguma atenção antes de fazer as compras on-line. Certificar-se de que tem todas as actualizações em dia: sistema operativo, aplicações e antivírus. E, o que é uma regra geral, fazer regularmente uma análise completa aos discos em busca de malware. Aliás os bons programas de segurança fazem-no regularmente em background. Outro aspecto importante focado dizia respeito ao uso cada vez mais massivo de smartphones. Deve existir a preocupação de instalar todas as actualizações. Até que os dispositivos móveis cheguem às mãos dos utilizadores percorrem um longo caminho. Nesse período, provavelmente, foram feitas actualizações e criadas correcções, especialmente concebidas para garantir a segurança do utilizador. Para além disso, no caso de dispositivos que usam soluções baseadas em Java e Flash, deve-se estar atento ao facto de que esses ambientes fornecem as suas próprias actualizações, independentemente do sistema operativo. Enfim decorreu com grande entusiasmo da parte dos maus diversos organismos a chamada de atenção para uma Internet Segura. Ainda bem.

14.2.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
06/12 FEVEREIRO 2012
Emissão 397


Neste Programa:
A Disciplina de Matemática e os alunos
Câmara de Vigilância D_Link


É conhecida uma certa aversão dos jovens do ensino primário e secundário à disciplina de Matemática. Têm sido criadas várias Comissões de especialistas para resolverem o assunto, tentando analisar e perceber porque é que isso acontece. Ouvimos várias personalidades universitárias comentarem e opinarem sobre as razões. Uns dizem que o problema é da forma como é ministrada a Matemática, outros que a culpa é dos professores, outros ainda, muito simplesmente que a culpa é dos alunos. A verdade é que também acaba por se criar o mito de que a matemática é uma disciplina difícil e que nem todos os alunos têm aptidão para a compreenderem, o que francamente e com toda a convicção repudio, embora possam existir jovens mais interessados do que outros em se esforçarem por estudar e compreender a Matematica. Parece que ela é assim uma espécie de bicho de sete cabeças que amedronta as criancinhas. Claro que não é matéria que seja propriamente para ser decorada como um simples “b a ba”. É necessário fazer os exercícios conforme devem ser explicados pelos professores. Insistir talvez com exemplos que tornam até a matemática divertida. Existem livros sobre esta faceta traduzidos para português (estou a lembrar-me de Friedman) mas também por exemplo de Carlos Fiolhais, professor de Física da Universidade de Coimbra. Ora bem, vem isto a propósito de que talvez não fosse má ideia dizer aos jovens que sem a Matemática não tinha sido possível inventar os computadores. E a teoria dos Jogos que eles tanto gostam. Babbage, que criou a primeira máquina de calcular que já era até certo ponto um computador, foi um grande matemático inglês. Von Newman, considerado um dos mais importantes matemáticos do século XX, entre as suas inúmeras descobertas, transformou por completo a teoria da computação, até aí existente em cartões perfurados e cujos dados passaram então a estar presentes nos chips de memória. O criador da chamada Inteligência Artificial que hoje é corrente em tudo o que é robótica e computação que tenta igualar as faculdades humanas foi outro grande Matemático inglês Alain Turing. E depois, lembrar aos jovens que a Matemática sempre foi necessária aos homens primitivos. A matemática acompanhou sempre a evolução do homem desde as civilizações mais antigas como na Mesopotâmia que emergiu por volta de 3.500 A.C. e a noção mais antiga e mais simples terá sido a de contar por palavras ou símbolos escritos, ou pauzinhos como na China antiga há mais de 5.000 anos. Muito longe dessas paragens, também a civilização Maia utilizava elementos matemáticos nos seus cálculos. E se pensarmos que o sistema decimal terá sido baseado nos dez dedos da mão utilizados para as necessidades entre os homens das tribos mais primitivas para contar, fazer trocas de bens, alimentos e tudo o que era necessário calcular. Contar com os dedos. Enfim, foi e é uma disciplina sempre necessária. O conhecimento da história da matemática mostra aos estudantes que a matemática é um empreendimento humano importante. Não foi criada em forma polida como aparece nos livros de texto, foi antes desenvolvida muitas vezes de forma intuitiva e experimental respondendo à necessidade de resolver problemas, é o que nos conta Victor Katz, doutorado em Matemática e Professor emérito da Universidade de Cambridge, no seu livro História da Matemática editado pela Fundação Gulbenkian. E é ele quem nos diz que “a evolução dos conceitos matemáticos pode ser utilizada com sucesso na sensibilização e motivação dos estudantes de hoje.” Vamos a isto. E diga-se também aos jovens que sem ela não teríamos os computadores, nem os jogos, nem eu próprio estaria aqui a falar deles. Criemos um entusiasmo aproveitando as novas tecnologias. Será que haverá quem discorde? Nos próximos programas falaremos sobre outras descobertas nesta área da Informática.
SEPARADOR:
Falemos agora de comunicação sem números mas com a matemática da Info rmática. Isso com certeza. Não sei se conhecem a D-Link. Eu explico: a D-Link é líder na concepção, desenvolvimento e produção de soluções de comunicações digitais de voz e dados. Pois acaba de apresentar no nosso mercado uma solução que permite vigiar e gravar, tanto de dia como de noite a partir da sua nova câmara IP wireless com sensor de infravermelhos. Combina o acesso ao vídeo em tempo real a partir do seu iPad, iPhone ou qualquer sistema Android e até com a gravação no cartão microSD de 16Gb incluído. Digamos que esta solução contempla várias finalidades, desde a vigilância não tirando o olho dos seus bens mais valiosos ou simplesmente aumentar a segurança do seu lar ou do seu pequeno negócio, o que na actualidade e considerando as notícias que todos os dias aparecem na comunicação social é bastante importante. Mas até mesmo, porque não, para quem deseja vigiar os seus filhos a partir do seu PC ou Mac ou, como referimos o seu dispositivo móvel. E permite outra coisa que pode ser interessante, que é a possibilidade de gravação no cartão microSD de 16 Gb incluído. Verificámos que esta IP D-Link dispõe de sensor de infravermelhos e proporciona imagens nítidas mesmo na mais completa escuridão. A sua conectividade Wi-Fi N permite que seja instalada em qualquer lugar da casa ou do escritório. Uma vez instalada, processo que é extremamente fácil graças ao assistente incluído no CD, basta definir um utilizador e uma password para criar uma conta privada no portal mydlin, a partir do qual pode ver e ouvir em tempo real o que está a ser registado por até quatro câmaras, ampliar o zoom, capturar imagens fixas e no caso da DCS-942L, rever os 7 dias de gravação que se podem armazenar no cartão microSD de 16 GB, incluído gratuitamente. Uma das grandes vantagens do mydlink™ é o seu acesso instantâneo à imagem da câmara a partir das APPs gratuitas para os dois sistemas iOS ou Android, que se destacam pelo controlo táctil e intuitivo e que permitem monitorizar até quatro câmaras com controlo de zoom incluído. E que tal Imagens por correio electrónico ? Pois Os utilizadores que queiram aproveitar mais funções podem configurar a câmara para que envie mensagens de correio electrónico com uma imagem anexa - de forma programada (por exemplo, a cada quinze minutos para vigiar as crianças idosos ou animais domésticos, sem necessidade de aceder ao portal mydlink, apenas abrindo o correio electrónico) ou sempre que o sensor da câmara detecte movimento na zona de enquadramento previamente determinada (a porta da casa, a garagem, etc.), o que representa uma vantagem acrescida na segurança contra roubos ou incidentes, como inundações ou incêndios. A isto chama-se um dispositivo inteligente muito útil nos tempos que estamos a viver actualmente. Claro que tem o seu preço. Mas é tudo uma questão de fazer contas sobre o que podemos perder ou ganhar. A D-Link custa 179 Euros.

8.2.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
31JAN/05FEVEREIRO_2012
Emissão 396


Neste Programa:
Censura na NET? Reacções
Dia Europeu Internet Segura


No momento em que gostaríamos de falar sobre o dia 7 de Fevereiro, já na próxima semana, a propósito do dia Europeu da Internet Segura (e já lá iremos) deparamos com uma série de notícias que não são nada agradáveis nesta área da Informática e às quais não podemos deixar de fazer aqui referência. Comecemos pela SOPA. Não se admirem pois não se trata do normal início de uma refeição saudável. Esta SOPA não é nada saudável como vão ter ocasião – os que não sabem – de saber o que significa. SOPA são as iniciais de Stop Online Piracy Act, em tradução livre Parar a Pirataria Online, o que no essencial estamos de acordo, mas neste caso passa-se nos Estados Unidos e tende a aprovar medidas extremas que podem conduzir à proibição de sites de conteúdos na Internet. A Wikipedia esteve encerrada durante 24 horas como sinal de protesto contra esta SOPA, equivalente a um projecto de lei em vias de ser aprovado pela Casa dos Representantes dos Estados Unidos. No conhecido site da Wikipedia podia ler-se que “as propostas legislativas norte-americanas vão «censurar e reprimir a maior comunidade livre do mundo» e «destruir a liberdade que possibilitou a Wikipédia ser o que ela é hoje». E como a Wikipedia outras grandes empresas como a Google manifestaram também a sua oposição. De facto uma coisa é criar sistemas que evitem a pirataria e outra é retirar a liberdade de qualquer cidadão poder aceder às fontes de conhecimento que existem na Internet. A ISOC, Internet Security Organization, a cuja secção em Portugal eu próprio pertenço, também já se manifestou contra a SOPA. A Internet Society reconhece a necessidade de serem criadas medidas que evitem o cibercrime e os conteúdos ilegais como a pornografia e outros, encorajando processos técnicos e policiais que colaborem internacionalmente para criar as necessárias soluções mas procurando-as na sua fonte e não de molde a que a internet corra o risco de se tornar uma plataforma bloqueada.
Também Vivien Reding no seu discurso numa conferência sobre protecção de dados na Internet, que teve lugar em Munique e difundida em Bruxelas, a propósito do encerramento esta semana do site da Megaupload, que alguns de nós utilizamos, assegurou que a União Europeia não contempla o bloqueio de Internet como opção de protecção dos direitos de autor."A protecção dos direitos de autor não pode ser utilizada como pretexto contra a liberdade na Internet". Trata-se de uma falsa questão – afirmou - e está a ser aproveitada pelo capitalismo neoliberal para proibir a liberdade de expressão e de acesso à informação num universo considerado subversivo para os grandes interesses económicos. A Internet está a despertar os Povos, levando-os a pôr em causa os monopólios e os jogos de poder instalados e isto é considerado perigoso para as elites. Um Povo ignorante é fácil de ser controlado e escravizado Mas referimos no início várias notícias preocupantes e de facto não podemos deixar de chamar a atenção e também o nosso repúdio por uma proposta que está em vias de ser aprovada na Assembleia da Republica, conhecida por Proposta 118 e que visa alterar a lei da cópia privada, fazendo incidir umas taxas específicas entre 2 e 50 cêntimos por cada gigabyte em dispositivos de armazenamento, desde discos rígidos, pens USB, DVDs e telemóveis ou tablets com armazenamento interno. Isto significa que um disco de 500 gigas por exemplo mais 10 Euros mas um Smartphone de 16 gigas pagaria mais 8 Euros. Tudo isto para proteger os direitos de autor e combater a pirataria. Ora todos sabemos que está desde há muito autorizada a cópia privada de qualquer software por questões de segurança e igualmente como citamos aqui o director da Revista Exame Informática Pedro Tróia, “se tenho uma câmara de vídeo e guardo os filmes num disco rígido, porque é que se tem de dar dinheiro à Margarida Rebelo Pinto?” E eu que até pertenço à Sociedade de Autores estou plenamente de acordo. A propriedade intelectual tem de ser protegida e evitada a pirataria, mas não é assim. Entretanto a AGECOP A Associação para a Gestão da Cópia Privada diz que o Projecto de Lei 118/XII pretende aplicar aos equipamentos electrónicos as referidas taxas, elas devem ser suportadas pelos distribuidores e representantes das marcas, mas todos sabemos no que isso acabará por conduzir: simplesmente ao bolso do consumidor que somos todos nós. E há mais coisas que nos preocupam mas ficam para o próximo programa.
SEPARADOR:
Falemos então e continuando com o tema Internet sobre o dia Europeu da Internet Segura que tem lugar este ano a 7 de Fevereiro. Em Portugal as actividades relacionadas com este dia são coordenadas pelo projecto SeguraNet, que está a promover junto dos estabelecimentos de ensino a organização de iniciativas sob o lema «Aproximar Gerações», que é o mote do Dia da Internet Segura 2012. Será ainda disponibilizado, em breve, um site para que as escolas possam registar as actividades que vão desenvolver neste domínio e dar a conhecê-las à restante comunidade escolar. No dia 7 de Fevereiro irá decorrer um evento que juntará professores e alunos à volta da discussão do tema escolhido para a edição deste ano do Dia da Internet Segura.
A sensibilização e a consciencialização para uma utilização mais segura da Internet pelos cidadãos, envolve em Portugal, entre outros organismos, a UMIC, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN). A principal finalidade é “Alertar, informar e consciencializar os jovens acerca da importância de uma convivência segura na utilização da web. Mobilizar os adultos para a utilização destas tecnologias e contribuir para o estímulo ao seu uso extensivo e sistemático em linha; Incentivar as famílias a trabalhar conjuntamente na descoberta segura do mundo digital. As várias sessões que já estão programadas serão dirigidas a um público-alvo que inclui Crianças e jovens dos 6 aos 18 anos mas também Adultos (professores, educadores, pais e avós.) Aconselhamos vivamente a consulta do site www.seguranet.pt. Nele se encontra uma variedade de conselhos, alertas, utilização das redes sociais, etc. dirigidos sobretudo aos jovens mas não só. Os jovens alunos passam cada vez mais tempo em actividades que requerem a utilização de tecnologias da informação e comunicação, quer como recurso para realizar tarefas escolares, quer como meio de ocupação dos tempos livres. A importância destes meios e as suas potencialidades pedagógicas são hoje reconhecidas e aceites. No entanto, como em tantas outras situações, a sua utilização requer alguma preparação e cuidados para que não se corram riscos desnecessários. Assim, as crianças aprendem, desde muito cedo, a não atravessar a rua fora das passadeiras e a colocar o cinto de segurança quando andam de carro. De igual forma, devem ter consciência de que nem tudo o que encontram na Internet tem a mesma importância e veracidade, de que nem todos os conteúdos são adequados a todas as idades e de que nem todas as relações têm o mesmo grau de fiabilidade. Só assim poderão utilizar estas ferramentas de forma crítica e segura, decidindo a cada momento os seus caminhos, cientes dos riscos que correm. SeguraNet ensina de facto a utilizar a Internet com segurança.