INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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12.3.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
05/11_MARÇO_2012
Emissão 401


Neste Programa:
IBM Five in Five (Cinco em Cinco) O que é?
Backups com dispositivos NAS


Os mais atentos a estas novidades das novas tecnologias talvez já conheçam pelo menos o que significa o módulo “IBM Five in Five” da IBM. Traduzindo “Five in Five” quer dizer “5 em 5”. Com este título a IBM, ou não fosse ela, a criadora do primeiro computador pessoal para uso doméstico, o em inglês Personal Computer que deu origem à sigla PC que se tornou mundialmente conhecida para designar um e qualquer computador. A IBM decide com o “5 em 5” dar a conhecer pelo menos as suas 5 principais inovações tecnológicas que vão aparecer nos próximos 5 anos e que vão a forma como as pessoas trabalham, vivem e se divertem. Uma das que mais tem sido prevista, experimentada e prevista sempre para “em breve” é a leitura da mente. Já temos aqui falado algumas vezes das descobertas mais fascinantes neste domínio com aplicação por exemplo nos tetraplégicos que não podem mover-se nem falar mas cujo cérebro está absolutamente activo. Pois o actual “5 em 5” da IBM prevê que até 2017, portanto daqui a cinco anos, um capacete especial provido de sensores que captam os impulsos neuronais identifiquem com uma exactidão que hoje ou até aqui poderia parecer simples ficção científica, o que estamos a pensar. Por exemplo, um dos protótipos já experimentados por um dos técnicos do departamento de Tecnologias emergentes da IBM consegue fazer com que apareça no computador a imagem de um cubo e o experimentador com o capacete que já tem nome, Emotiv, vai com um simples pensamento fazê-lo mover para a direita ou para a esquerda, dar uma volta completa, etc. Portanto o computador está simplesmente a obedecer ao que se passa na mente do utilizador do Emotiv. Este é apenas um exemplo. O que a IBM prevê é que esta aplicação venha a conseguir no futuro efectuar os mesmo exercícios ou ordens que hoje já fazemos no reconhecimento de voz ao dar ordens para um Smarthphone, um tablet ou até como recentemente aqui noticiámos nas chamadas Smart TVs, apresentadas na CES, em Las Vegas, e que já estão no mercado em que os comandos do dispositivo de controlo remoto são substituídos por comandos de voz: Mudar de canal para o canal 10, baixar o volume, fazer zapping, desligar ou ligar a TV, etc. Imaginemos portanto que tal como aconteceu com os comandos de voz, esta nova tecnologia de ligar o nosso cérebro a alguns dispositivos, como um computador ou um smarthphone, permite que haja transferência de pensamentos. E não será necessário marcar quaisquer números no nosso telemóvel. Bastará pensarmos em ligar a alguém, para que isso aconteça. Ou que o façamos na introdução do Pin num multibanco e numa área em que já estou a pensar não seja necessário digitar as nossas passwords com o teclado para ver o email ou entrar num site. Basta que não a esqueçamos e pensemos nela. Enfim, seria esse o problema: se a esquecermos e a não tivermos em nenhum lado. Lá se vai a grande descoberta. Os técnicos sugerem mesmo que os músicos podem vir a usar os dispositivos de leitura da mente para compor músicas baseadas directamente nos seus pensamentos. A capacidade de "carregar" uma história ou pintura directamente de seu cérebro provavelmente seria de interesse para quem lida com o abismo que existe entre exasperante ideia de o fazer e a sua realização exacta. Aguardemos então por 2017. Já não falta muito. Que mais nos dará esta tecnologia? E caminha a passos de gigante. Quem quiser saber mais é só escrever no Google5 em 5 (com os algarismos).
SEPARADOR:
Para quem tem necessidade de fazer muitos backups ou melhor o backup de muitos ficheiros, alguns de grande capacidade, como filmes, imagens, etc. a solução mais prática já não passa pelos DVDs mesmo que sejam de dupla camada. Para muita gente ou muitas empresas, gigabytes já não servem. Agora tudo se mede em Terabytes, sendo que um terabyte são mil gigas. Ora para isso existem os dispositivos NAS ou NetWork Attached Storage. Já há muito tempo que existem mas a sua procura é cada vez maior e, como dissemos com grande capacidade. A outra vantagem é que estão ligados à nossa rede e portanto todos os computadores podem ali fazer os backups dos seus ficheiros. Mesmo numa utilização doméstica, existem os dos filhos, do Pai, da Mãe, etc. E tudo, desde que não existam segredos, o que também se pode resolver por meio de diferentes encriptações, vai estar a salvo. Os dois mais modernos que chegaram ao nosso conhecimento são o Memup Kargo e um Synology. O Memup é uma caixa para dois discos rígidos Sata de 1 Terabyte cada. O Synology vai mais longe, Tem a possibilidade de incluir 4 discos rígidos de 1 Terabyte. Mas qualquer deles pode ser transformado para discos de 2 Terabytes, apenas com a particularidade de todos eles serem ou deverem ser iguais. Aliás são discos Sata exactamente iguais aos que se utilizam nos nossos PCs. Os dispositivos NAS trazem sempre um software para que possamos escolher o modo como vamos fazer os backups. Até aqui existiam dois modos Raid 0 e Raid 1, sendo que no Raid, mais rápido, os dados são gravados nos dois discos mas se um deles se avariar perdem-se os dados todos. Ao escolher o modo Raid 1, os dados são igualmente gravados nos dois discos, com a diferença de que o são em duplicado, num e noutro. Portanto se um disco avariar, existe sempre o outro. Significa mais fiabilidade, menor capacidade total e um pouco mais de velocidade. Nestas unidades existem agora os modos 5, 6 e 10, com pequenas diferenças para o utilizador escolher a seu gosto. Vem tudo explicado no software. Mas, como dissemos, já não se pode passar sem um Nas se queremos garantir a segurança dos nossos ficheiros, de tal modo aumentaram em qualidade e ocupação de espaço nos media digitais. Fica o conselho. Claro que o preço destes novos NAS é maior do que os primeiros da Iomega ou da Western. Mas os discos também são mais caros com 1 ou 2 Terabytes. E no caso do Synology são quatro discos. Há que fazer contas nos tempos que vão correndo. Mas backups em DVDs mesmo regraváveis, além de ser mais fastidiosa a gravação, não compensam.