INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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25.10.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
17/23 de Outubro de 2011
EMISSÃO nº 381 - audio a colocar em breve


Neste Programa:
Lembrando a personalidade de Steve Jobs
Recuperar as velhas cassetes áudio para digital


Ao constatar o impacto das notícias sobre a morte de Steve Jobs, o criador da mais que famosa empresa Apple, com a qual transformou não só a sua vida, tornando-se multi-milionário, como também a forma como passou a ser usada a tecnologia digital, através dos dispositivos criados, não podemos deixar de hoje, tal como fizemos na semana anterior, dedicar aqui mais algum espaço à sua forte personalidade, ao homem, ao criativo, ao pensador, exactamente aquele que foi muitas vezes considerado o Leonardo da Vinci da era moderna. No Portal da Globo na Internet, que usa o simples nome de G1, já estão uma série enorme de mensagens que foram enviadas pelos seus mais diversos admiradores. Mas estão também e é isso que vamos aqui lembrar algumas das frases e pensamentos que proferiu em várias ocasiões da sua vida. Verificamos que o legado de Steve Jobs vai além da Apple, da Pixar e dos produtos que ele ajudou a desenvolver. Famoso pela oratória, pela capacidade de síntese de ideias e pelo carisma em suas apresentações, Jobs deixa ainda uma coleção de afirmações polêmicas, frases visionárias e pensamentos que ajudaram a definir os rumos da tecnologia nos últimos anos. Por exemplo, na Revista Rolling Stones em 2003 escrevia: “Eu acho que a tecnologia fez o mundo ficar mais próximo e continuará fazendo isso. Existem desvantagens para tudo e consequências inevitáveis para tudo. A peça mais corrosiva da tecnologia que eu já vi chama-se televisão, mas novamente, a televisão, no seu melhor, é magnífica.” Na Revista Playboy em 1987: “Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de contraplacado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”. Igualmente na PlayBoy em 1985: “A principal razão para a maioria das pessoas comprarem um computador para suas casas será para se conectar a uma rede nacional de comunicações. Estamos apenas nos primeiros estágios do que será uma grande revolução para a maioria das pessoas – tão revolucionária quanto o telefone.” Num célebre discurso de formatura em Standford em 2005: “O seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um óptimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se acomode. Como em todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrá-lo. E, como qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até encontrá-lo. Não se acomode.” E é também este homem, Steve Jobs, o criador da Apple que afirmou em 2001 à NewsWeek: “Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates”. Será necessário mais alguma coisa para lembrarmos com saudade e o respeito merecido esta figura excepcional do mundo contemporâneo? O Secretário-Geral da ONU e a diretora-geral da Unesco prestaram uma homenagem ao co-fundador da Apple, Steve Jobs. A Directora da Unesco, Irina Bokova, disse que Jobs não somente revolucionou uma indústria inteira, mas também mudou a forma como as pessoas se comunicam e trabalham. Elogiou a criação do iTunes e disse que o empresário americano sabia o poder de partilha de informação e do conhecimento. Já o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que Steve Jobs não se parecia a ninguém. Segundo ele, Jobs era uma “força global” que acreditava no poder da engenhosidade humana para criar ferramentas que melhorassem a vida das pessoas e terminassem mudando o mundo. E nós ficamos por aqui com o desejo de que muitos mais homens como este possam existir no mundo.
SEPARADOR.
No programa anterior falámos de uma espécie de regresso ao passado, dando nova vida e vigor aos antigos discos de vinil e como passá-los para ficheiros digitais com ema qualidade excepcional, como se de facto tivessem sido gravados com a tecnologia actual. Prometemos voltar ao assunto. E para continuar falemos também das velhas cassetes de VHS. Ora neste caso das videocassetes VHS, a solução não consegue melhorar a qualidade como no caso dos discos vinil. Mas existem vários dispositivos de passagem para digital. Desde que exista no leitor VHS uma saída RCA ou ficha Skart podemos ligá-lo directamente a um gravador de sala de vídeo com essa entrada ou mesmo a um disco Multimédia. Não vamos é claro poder retirar algumas imperfeições que a inactividade e o tempo passado desde que as gravámos se fixaram naquela fita magnética mas mais uma vez é uma forma de não perdermos algumas gravações que possam ainda não ter sido editadas nos modernos DVDs. As gravações de fita das pequenas cassetes áudio também podem ser passadas com uma qualidade melhorada que até consegue retirar algum ruído com um dispositivo da Creative Labs chamado Creative Soundblaster Connect. Converte cassetes para CD ou para MP3, estabelecendo a ligação entre um computador de secretária ou portátil e um sistema hi-fi. Os conectores RCA banhados a ouro de alta qualidade asseguram uma óptima nitidez. A instalação fácil através da utilização dos cabos fornecidos e o software de utilização simples facilitam a conversão de uma colecção de cassetes para CD ou para MP3, removendo a sibilação e a crepitação simultaneamente. Consegue-se conversão analógico-digital de 16 bits com frequências de amostragem de até 48kHz. Custa cerca de 50 Euros. Encontra-se facilmente na Net. Pensando também nos filmes de 8 mm ou super 8, qualquer boa loja do ramo converte para digital. Pessoalmente, aconselhamos a quem tenha uma boa câmara de vídeo, filmar a tela durante respectiva projecção, configurando o tipo de luz artificial. E aqui ficam as dicas para modernizar as suas relíquias de áudio ou vídeo que não quer perder.

20.10.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
10/16 OUTUBRO 2011
EMISSÃO Nº 380 - audio a colocar em breve

Neste Programa:
A morte de Steve Jobs
Gira-Discos Denon para passagem de discos de Vinil a Digital


Não podíamos deixar de abrir o programa desta semana com a notícia triste ocorrida na passada quarta feira dia 4 de Outubro. A morte de Steve Jobs que ainda há poucos meses se demitira do cargo de Presidente da Apple, o homem que venceu grandes etapas no mundo das novas tecnologias que se tornaram êxitos fulgurantes - é considerado o pai de produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad - acabara por ser derrotado por uma doença que não perdoa. O mundo ficou certamente mais pobre. A Apple perdeu um génio visionário e criativo e o mundo perdeu um ser humano fantástico", lê-se no site da empresa. "O Steve deixa uma empresa que só ele poderia ter construído e o seu espírito será sempre o alicerce da Apple". E a notícia prossegue: Jobs fundou a Apple aos 21 anos e ajudou a criar a indústria dos computadores pessoais. Foi despedido da empresa e chefiou o estúdio que criou Toy Story, o primeiro filme de animação moderno. Foi CEO da Apple até Agosto, cargo que tinha desde 1997, ano em que regressou à empresa e a salvou de uma situação difícil, lançando-a numa série de sucessos consecutivos. Pelo caminho, mudou o mundo da música e dos telemóveis. Frequentemente descrito como um empresário brilhante e um inventor visionário (tem o nome em mais de 300 patentes), é um exemplo do conceito americano de self made man. Steven Paul Jobs nasceu a 24 de Fevereiro de 1955, em São Francisco, na Califórnia. Tanto o pai (um sírio a estudar ciência política) como a mãe (uma universitária americana) acharam que eram muito novos para o criar. Foi adoptado por um casal de classe média que morava em Mountain View, também na Califórnia – a zona que anos mais tarde viria a ser Silicon Valley, a meca da tecnologia a nível mundial. Cresceu portanto num ambiente que acompanhava o despontar da electrónica pessoal. Foi nuns breves momentos em que trabalhou na HP que conheceu Steve Vosniak, um talento em montagens de circuitos electrónicos e com quem viria a fundar A Apple. Mas não foi fácil a sua vida de estudante. Passou por muitas dificuldades. A certa altura resolveu frequentar aulas de caligrafia, porque achava que os cartazes da faculdade (feitos à mão) eram bonitos. Nestas aulas, aprendeu princípios estéticos que marcaram não só a história dos produtos da Apple, mas também de todos os computadores pessoais. O primeiro computador Apple era basicamente uma placa de circuitos que tinha de ser montada pelos compradores. Foi lançado em 1976, custava 666,66 dólares e tinha sido desenvolvido por Jobs e Wozniak, na garagem dos pais de Jobs. A empresa foi oficialmente fundada no ano seguinte. Em finais de 1980, avançou para uma triunfal entrada em bolsa. Jobs (então com 25 anos), Wozniak (cinco anos mais velho) e largas dezenas de outros investidores iniciais tornaram-se milionários instantâneos. Os dois receberam do Presidente Ronald Reagan a Medalha Nacional de Tecnologia. Steve que chefiou a divisão dos Macintosh, uma das gamas de computadores que a marca desenvolvia saiu e voltou à empresa. Atendendo a que a maior parte dos ouvintes seguiu as largas notícias dadas pela comunicação social sobre a sua biografia, passamos então aos aspectos que mais cumpre agora realçar. Consegue que os computadores Mac cresçam ultimamente, faz uma incursão no mundo da música em 2001 e a Apple lança o primeiro iPod, que praticamente se veio a tornar sinónimo de leitor de música. Em seguida volta a abalar o sector musical, ao lançar a loja online iTunes. Em 2007 volta a levar a Apple por um novo caminho, com o lançamento do iPhone. Quando há anos que a indústria dos telemóveis procurava um modelo com um ecrã sensível ao toque que apelasse aos consumidores. Segue-se a inovação dos iPad. Entretanto salientemos que a Apple disponibilizou um endereço de e-mail para que os fãs possam prestar suas homenagens a Steve Jobs. "Se quer compartilhar pensamentos, memórias e condolências, envie uma mensagem para rememberingsteve@apple.com", informa a empresa. O Mundo digital perdeu uma grande figura. Ficam as nossas homenagens.
SEPARADOR.
Falámos há pouco no iPod, entre outras inovações tecnológicas, a propósito de Steve Jobs a da sua criatividade à frente da Apple. O Ipod tornou-se com efeito o mais apetecível dos leitores de música, escolhidos por nós segundo as nossas preferências que tanto podem ser encontradas na loja da Apple iTunes. No iTunes é uma aplicação de que se faz o download para o nosso computador e que sincroniza toda a espécie de leitores da Apple, desde o Ipod ao iPhone e iPAQ. Podemos então adquirir entre os muitos milhares de títulos de músicas, vídeos ou TV shows que estarão sempre presentes em qualquer local onde nos encontremos de modo a ouvi-los nos computadores ou nos diversos dispositivos com uma qualidade inigualável. Tudo isto é quase mágico mas é verdade. Mas para quantos dos ouvintes que nos escutam não seria óptimo poder igualmente ter com qualidade as músicas dos nossos velhos discos de vinil que há muito deixámos de ouvir com essa qualidade. É que entretanto, há alguns anos os velhos gira-discos tinham desaparecido do mercado. Eis que de repente os novos técnicos do digital descobriram formas de transformar as músicas dos discos vinil em ficheiros que podem ser gravados e ouvidos com qualidade melhorada nos modernos dispositivos de leitura e nos mais modernos computadores. O sucesso foi tão grande que vários foram os fabricantes como a DENON que lançaram novos gira-discos onde são colocados os seus vinil favoritos e com toda a facilidade são convertidos para MP3 com o elegante DP-200USB à venda no nosso mercado (www.denon.pt). O software incluído permite captar os chamados retardados sobre artista, título, etc. das faixas de vinil. Os ficheiros são gravados através da porta USB frontal onde se pode ligar uma Pen ou um disco externo. Este gira-discos possui as convencionais saídas estéreo que podem até ser configuradas por igualização para uma extensa gama dos modernos dispositivos. Modernos gira-discos como o ION LP DOCK possuem mesmo uma dock ou entrada junto ao prato em que roda o vinil e onde se liga qualquer iPod Vídeo ou Nano. O software integrado faz o trabalho impecável de retirar os possíveis ruídos existentes nos velhos vinil e melhorar altamente a qualidade sonora das diversas faixas. É a passagem mágica do analógico para o digital. Existem também gira-discos mais baratos onde a passagem se faz directamente para o PC, para uma Pen ou para um leitor de MP3, através da porta USB. Poderá parecer um regresso ao passado mas para muitos é uma recordação inesquecível dos velhos tempos. Para a semana daremos outros exemplos.

17.10.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA EM RÁDIOS LOCAIS
03/09 OUTUBRO_2011
Emissão nº 379




Neste Programa:
Ergonomia: usar sem prejuízo para a saúde
Os Computadores Portáteis são ergonómicos
Acer TravelMate Timeline tem bom desempenho


Se é importante cuidar da nossa saúde, ou melhor, fazer a prevenção antes que sejam necessários os tratamentos, a crise que estamos a viver e que atinge precisamente e infelizmente a saúde, leva-nos a ter ainda mais cuidados com ela. Ora já não é a primeira vez – apesar de há muito não falarmos neste tema – que aqui revelamos alguns cuidados a ter com a maneira como trabalhamos frente a um computador. E curiosamente, como adiante iremos concluir, uma determinada evolução nos computadores veio ao encontro desses cuidados. Trata-se portanto de algo que tem a ver com a ergonomia, a ciência que investiga e ajuda a construir todos os utensílios usados pelo homem de modo a não prejudicar a nossa saúde. Ao falarmos em computadores, citemos por exemplo a má utilização do teclado e do rato pode originar lesões nas mãos, pulso e cotovelos, traumatismos provocados por movimentos repetitivos. E é por isso que existem ratos e teclados ergonómicos. Os ratos devem adaptar-se o melhor possível à palma da mão acompanhando a sua curvatura normal de descanso, não forçando a posição dos dedos para se colocarem nos principais botões ou teclas que mais frequentemente são usados. Antes de comprar um rato tente verificar a comodidade que sente quando coloca a mão sobre ele. Foram precisos anos de estudos por especialistas para chegar aos que hoje existem e quanto aos teclados, a Microsoft foi a primeira a criar um teclado ergonómico em que as teclas estavam separadas a meio do teclado de acordo com a colocação dos dedos da mão direita e da mão esquerda, sem forçar o prolongamento braço – mão ao nível dos pulsos e num desnível angular em relação ao tampo da secretária. Não teve muito êxito por ser demasiado grande e mais tarde apresentou outro ligeiramente mais pequeno que ainda existe. Entretanto outros apareceram pondo de parte esse tipo de solução. Nos teclados actuais tem-se tentado que as teclas estejam niveladas paralelamente ao tampo da secretária, embora exista um desnível entre as 6 fileiras. É a chamada inclinação de zero graus com o nome “Zero Degree Tilt” que ajuda a minimizar a tensão do pulso permitindo que este fique numa posição neutra para evitar as chamadas tendinites. O chamado “pad” ou almofada rígida amovível que permite que o pulso se apoie sobre ela, sem que a mão fique suspensa sem apoio é uma solução possível mas pouco prática. Outra coisa muito importante é a posição relativa do utilizador e do computador. O tampo da secretária deve estar colocado a uma altura de tal modo que quando trabalhamos no teclado os braços fiquem paralelos ao chão. Para isto contribui é claro a cadeira onde nos sentamos. A combinação destes dois factores, tampo da secretária e cadeira deve ser de modo a que os pés do utilizador fiquem assentes no chão e os joelhos mais baixos do que as cochas. Se tal não for possível, deve utilizar-se uma espécie de banqueta ou estrado para os apoiar. E é claro, devemos estar bem encostados à cadeira, não na vertical mas ligeiramente inclinado para trás. Resumindo: secretária ou mesa onde está o computador e cadeira devem estar relacionados como indicámos para evitar consequências desagradáveis no futuro. Algo muito extraordinariamente importante é que o utilizador olhe o ecrã de cima para baixo, isto é, pelo menos imagine uma linha horizontal ao nível dos seus olhos situada cerca 15 cm acima do topo do monitor. Não esquecer que a cabeça deve estar ligeiramente inclinada para baixo. Não esquecer que o monitor nunca deve estar colocado com uma janela ou uma fonte luminosa por detrás, de tal forma que estejam na frente do utilizador. Compreende-se pois que a luz excessiva que por ela entra de dia, coloca-nos problemas ao nível da visão. Os nossos olhos tão depressa reagem à luz intensa do sol proveniente da janela, como à luz relativamente mais fraca proveniente do monitor. Sempre que possível descanse os olhos, desviando-os do monitor e olhando para mais longe, piscando os olhos. E finalmente uma regra de ouro que os utilizadores ou profissionais que passem grande número de horas frente ao computador. Um descanso de dez minutos entre cada duas horas. E nesse espaço de tempo, levante-se e faça alguns exercícios: estique os braços, distenda os músculos das costas, ombros e pescoço.
SEPARADOR.
Curiosamente, os computadores portáteis têm vindo progressivamente a substituir os PCs de secretária. E isso joga um pouco a favor da ergonomia. Ainda nos recordamos dos monitores colocados em cima das caixas que por sua vez estavam em cima da secretária. Imagine-se a altura a que estavam os monitores. E nós a olharmos para cima. Mais tarde vieram as caixas para colocar ao alto no chão mas os monitores eram aqueles enormes CRT que chegavam a ter 50 cm de profundidade. Ora de facto os actuais Portáteis são tão bons e eficientes, no desempenho e na capacidade como os computadores de secretária. E alguns até, mesmo melhores, pelas características próprias. E um Portátil, onde eventualmente se pode ligar um rato com ou sem fios, fica sobre a nossa secretária à altura quase ideal para trabalharmos respeitando a ergonomia, sendo possível, se necessário, elevar o seu ecrã com dispositivos cómodos e baratos. Tomemos como exemplo a nova geração de portáteis da série Acer TravelMate Timeline. Esta gama de computadores portáteis foi concebida de base para proporcionar um desempenho estável, uma segurança superior e uma capacidade de gestão facilitada, oferecendo, simultaneamente, uma maior produtividade graças a uma autonomia da bateria de mais de 8 horas. A segurança foi também uma das principais preocupações dos utilizadores profissionais. Podem conter informações importantes e, muitas vezes, dados insubstituíveis, estando mais expostos a perda de dados e a roubo do que os desktops. É por esta razão que uma maior segurança nas soluções de gestão integradas é uma das principais prioridades para protecção do investimento dos utilizadores. A Acer equipou os portáteis TravelMate Timeline com segurança Acer ProShield, um conjunto de ferramentas essenciais de segurança e gestão que integra funções fundamentais numa interface de utilizador unificada. Também integrada na concepção dos computadores portáteis Acer TravelMate Timeline 8x73 está a tecnologia DASP (Disk Anti-Shock Protection) de próxima geração que isola o disco rígido, protegendo-o contra o desgaste de uma utilização “em movimento” e garantindo a integridade física dos dados. A unidade de disco rígido também é montada ao nível do software no sistema para proporcionar protecção adicional. O resultado é uma melhoria significativa na prevenção de avaria da unidade de disco rígido e aumento do tempo médio entre falhas (MTBF). Para manter o sistema arrefecido com um desempenho mais rápido, os novos portáteis TravelMate Timeline incluem a inovadora tecnologia Acer DustDefender, concebida para evitar a acumulação de pó e sujidade dentro do sistema. Um mecanismo de inversão inteligente na ventoinha de arrefecimento permite expelir o pó, uma coisa que nos computadores de secretária só é possível fazer com eficácia abrindo as caixas. Os TravelMate Timeline 8x73 possuem ainda uma excelente protecção contra o desgaste da vida móvel. O design resistente da caixa em alumínio-magnésio distribui de forma uniforme todas as forças externas e suporta pressão extrema. A dobradiça em liga metálica inclui uma volta reforçada para máxima força de suporte, enquanto a função de bloqueio automático assegura a fixação firme da tampa do portátil para protecção do LCD. Tudo excelente nestes portáteis com o problema da Ergonomia bem resolvido.

2.10.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA EM RÁDIOS LOCAIS
19/25_SETEMBRO_2011
Emissão nº 377




Neste Programa:
Prémio de Design em Nova York para investigador português.
Vão chegar os DVDs indestrutíveis
Security Cards (SD) podem durar mais de 100 anos


Dar o devido destaque ao que é nosso, ao que se faz no nosso país de tão valioso que é reconhecido além-fronteiras, é um dever que desde a primeira hora sempre temos feito neste espaço em que falamos da área da tecnologia informática. E com muito mais razão o devemos fazer nos momentos difíceis que estamos a atravessar. Haja alguma coisa em que nos distinguimos no sentido positivo. É o que vamos fazer referindo aqui um trabalho de um português que está neste momento presente no Museu de Arte Moderna – Moma – de Nova York. Pedro Miguel Cruz, jovem de 26 anos, investigador da Universidade de Coimbra, é o único português que mereceu essa distinção com o seu trabalho de design ‘Visualizing Lisbon’s Traffic’. Trata-se de um vídeo que pode portanto ser admirado na exposição de design ‘Talk to me’, que foi inaugurada a 24 de Julho e estará patente até 7 de Novembro no MoMA. Quem se der ao trabalho de procurar na NET pelo seu nome Pedro Miguel Cruz, terá oportunidade de admirar algumas fotografias retiradas desse vídeo e que demonstram desde logo o porquê desta distinção mesmo antes de saber de imediato o que o trabalho significa. Mas vamos então ao projecto propriamente dito. Chama-se “Visualizing Lisbon’s Traffic”, isto é, traduzindo, “Visualizando o tráfego de Lisboa”. Trata-se com efeito de um vídeo que também pode ser visto através de um link para o Vimeo no site de Pedro Miguel Cruz. Assistimos durante uns escassos minutos ao que foi proporcionado pelo tráfego na cidade Lisboa durante 24 horas. È difícil descrever aqui o que é apresentado nesse visionamento. Claro está que não são os veículos que são vistos. Mas sim um mapa com o movimento representado numa série de traços coloridos em variantes de verde e vermelho que vão modificando o seu aspecto, mais grossos ou mais finos, em tudo muito semelhantes ao que se poderia passar em artérias de circulação sanguínea de um organismo vivo. Pedro Cruz fez portanto um mapeamento de dois milhões de registos GPS de coordenadas e velocidades de 1.534 táxis que circularam em Lisboa ao longo de um mês, em 2009. E, como dissemos, as artérias da cidade mais parecem artérias do aparelho circulatório. É que no vídeo, os dados fornecidos pelo GPS foram condensados numa animação que retrata com uma imagem elegante a dinâmica da circulação automóvel durante um dia, como se o mapa da cidade fosse “um organismo vivo”. O trabalho deste jovem investigador do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra recorre portanto à engenharia informática e ao design gráfico para apresentar "uma média visual" daqueles dados.
No vídeo, coordenadas e velocidades são agrupadas por segundo e codificadas por cor. “A espessura e cor traduzem a intensidade de tráfego, com cores quentes indicando o tráfego lento e cores frias indicando tráfego em movimento rápido, tornando-se fácil identificar zonas susceptíveis de sofrerem engarrafamentos”, como aliás o autor explica um resumo do projeto incluído no referido site da exposição. De acordo com a nota, esta é “uma forma inovadora de transmitir informações úteis do dia-a-dia”, que pode vir a ser uma aplicação para a tecnologia móvel que ajude na hora de decidir caminhos. "Aliámos forma e função, qualidade científica e estética”, acrescenta Pedro Cruz.
Acrescentamos que esta não é a primeira distinção deste professor da licenciatura e do mestrado em Design e Multimédia da Universidade de Coimbra. Venceu o Prémio SIGGRAPH 2010 e o ‘Seeds of Science Junior’, já este ano. Não percam portanto uma visita, já que não será possível a todos deslocarem-se ao Museu de Arte Moderna de Nova York, fazê-lo na Internet, bastando colocar o nome do nosso jovem investigador, Pedro Miguel Cruz, no Google.
SEPARADOR:
Vêm aí os DVD indestrutíveis. Pois é verdade que a notícia foi dada pela LG e a Milleniata mas nós ainda nos recordamos que quando há vários anos atrás foram lançados os primeiros CDs nos foi dito que poderiam durar mais de cem anos e afinal sabemos que não é verdade. E se não forem bem guardados ao abrigo da luz e outros agentes que possam molestar aquela fina camada onde colocamos os nossos ficheiros tudo pode acontecer e ficam inacessíveis em pouco tempo. Sabemos, é claro que tudo tem mudado e hoje estão muito mais fiáveis. Mas enfim. Estes DVDs indestrutíveis, como lhes chamam, custam pouco mais de dois euros, mas podem durar tanto como uma pedra. A comparação não é nossa – repetimos – e é o fabricante que o afirma nestes termos. É evidente que se aceita que algum melhoramento houve mas daí à comparação com uma pedra... São DVD, mas em breve podem passar por discos Blu Ray também. A LG e a Milleniata deram então a conhecer este novo DVD como indestrutível. E vai chamar-se ou chama-se M-Disc. As marcas não dizem como criaram um disco capaz de superar os 100 anos de duração máxima que um DVD pode alcançar - desde que seja tratado com todos os cuidados, é claro, como há pouco dissemos - mas lembram que os M-Disc têm as características de uma pedra. Para provar esta capacidade de resistência, os DVD foram submetidos a testes em recipientes cheios de nitrogénio líquido ou de água com temperatura a 80 graus - e segundo rezam as crónicas, os discos não terão perdido os dados que continham. Os M-Disc podem ser reproduzidos pelos leitores de DVD actuais, desde que se proceda a uma actualização de firmware, segundo a notícia que veio publicada on El País. LG e a Milleniata garantem que, em breve, os M-Disc também poderão vir a ter, brevemente, a mesma capacidade de armazenamento de um disco Blu-Ray. Com uma velocidade de gravação de 4,7 GB em 15 minutos, os M-Disc deverão estrear no mercado com preços de três dólares ou seja cerca de 2,1 euros como já referimos por unidade. Cá ficamos a aguardar. No entanto e a propósito desta questão da durabilidade de 100 anos recordemos que já no ano passado, em Julho de 2010, a Sandisk, conhecida pelos seus óptimos cartões de memória lançou os seus novos cartões de memória digital SD WORM que são “Write Once Read Many”, ou seja, uma vez gravada a informação no cartão, é imediatamente protegida contra modificações e tem um tempo de vida útil de 100 anos e são compatíveis com cartões de memória digital SD convencionais, podendo ser utilizados em qualquer dispositivo com interface de leitura e escrita de memoria digital SD. A tecnologia WORM desenvolvida pela SanDisk assegura a conveniência de um cartão de memória digital SD com a longevidade de outros suportes tipicamente analógicos, garantindo a integridade da informação durante pelo menos 100 anos em condições ambientais normais. As múltiplas aplicações vão desde a preservação de informação de caixas registadoras para efeitos de obrigações fiscais como a utilização na recolha de provas fotográficas em locais de crime pelas unidades forenses da policia. 100 anos é de facto muito tempo. Ou não é nada, se compararmos com outras formas de preservação do conhecimento que chegaram até nós e tiveram a sua origem há milhares de anos. Oxalá, estas novas formas o preservem para futuras gerações. Esta ideia não é nossa, acreditem!